FNLIJ 2012 – Encontros, Palestra e Compras!

Ontem, sábado 21/04, eu e Carol, minha esposa, fomos conferir o Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens que acontece aqui no Rio de Janeiro até o dia 29 de Abril.

Foi maravilhoso! Recomendo muito a todos que fiquem de olho na programação, tem muita coisa legal acontecendo!

Chegando lá, encontramos com minha sogra e uma amiga dela que são professoras alfabetizadoras. Nossa, quantas dicas de livros infantis fantásticos elas me deram! Vontade de levar todos para casa… Adoro esse tipo de literatura, primeiro por ser muito divertida, e segundo por achá-la profundamente inspiradora!

A feira não é muito grande, de modo que dá para dar várias voltas por ela sem se cansar. Também não estava muito cheia, e olha que ontem teve palestra da Thalita Rebouças! Achei que fosse lotar, mas foi tudo bem tranquilo.

No estande da Editora Ática encontrei o autor Luis Eduardo Matta, e eu e Carol fomos lá tietar! Peguei autógrafo, pedi pra tirar foto, foi um barato. Ele é ótima pessoa, fala muito, é engraçadíssimo, e me deu várias dicas sobre a carreira de escritor. Combinamos de nos rever no sábado que vem, onde estaremos lado a lado no Clube do Livro Saraiva, conforme já postei aqui. Comentei que estava um pouco nervoso com a proximidade do evento e ele foi categórico em afirmar que não há o que temer do público jovem, que ninguém está lá para te julgar, para apontar erros, mas sim para ouvir e admirar quem escreveu os livros que eles já leram ou querem ler. Enfim, se já gostava do Matta antes, agora gosto ainda mais!

A palestra da Thalita Rebouças estava bem cheia, mas não estava impossível de assistir como eu temia. Contudo, quando vi o Pedro Bandeira rodando por ali, sem ninguém vindo abordá-lo (talvez por não conhecê-lo ou reconhecê-lo), não resisti. Abandonei a palestra e corri atrás dele para pedir meu primeiro autógrafo dele no dia. Espero que a Thalita me perdôe rsrs…

Pedro Bandeira é um amor de pessoa. Ficou muito feliz quando eu e minha esposa o abordamos (depois de criarmos certa coragem, pois estávamos em dúvida se era ele mesmo ou não rsrs). Conversamos um bocadinho com ele e então ele nos deu seu autógrafo (com canetinha pilot vemelha, ele levava umas 3 no bolso rsrs).

Quando eu vi a dedicatória, disparei sem nem pensar: “Que barato! Você assina numa bandeira!!!”

Ele achou graça e contou um fato engraçado sobre como surgiu esse autógrafo dele. Tento, a seguir, reproduzir mais ou menos as palavras dele:

Antigamente eu assinava só o meu nome. Aí o Ziraldo um dia virou pra mim e disse: “Pô, você não tá assinando um cheque! Tá dando um autógrafo! Tem que fazer uma coisa diferente!” Só que o Ziraldo sabe desenhar, e eu não! Daí eu tive essa ideia de fazer a bandeirinha escrito Pedro dentro!”

Eu achei o autógrafo mais ÉPICO que já recebi e vou guardá-lo com muito carinho.

Mais tarde assistimos ao bate-papo com ele, ao lado dos amigos Frini e Rafael. E que bate-papo! Ele respondeu, com muito bom humor, às perguntas de crianças, jovens e adultos. Falou sobre suas obras estarem virando filmes, como “O Mistério de Feiurinha” (que virou filme da Xuxa à pedido da Sasha, que adorou a história) e “A Droga da Obediência”, que está nas mãos da mesma produtora de Carandiru e está em fase de captação de recursos. Um filme com “Os Karas”, já pensou? =)

Vocês sabiam que ele já escreveu oitenta livros? OITENTA!!! O____o

E preparem-se, pois ele disse que quer escrever um livro novo com Os Karas mais velhos, lembrando do seu tempo de garotos!

Ele falou também que começou a escrever aos trinta anos em revistas e jornais, mas que só conseguiu publicar o primeiro livro aos quarenta! E que, pasmem, a Ditadura Militar beneficiou o processo ao vetar a publicação de livros infanto-juvenis de autores estrangeiros. As editoras daqui tiveram que correr atrás de autores nacionais, resultando no lançamento de várias obras. Ele até brincou que já estavam ficando todos muito velhinhos, como ele, Ziraldo, Ana Maria Machado, Lygia Bojunga, e citou até outros que já tinham morrido. Disse que era preciso renovar a literatura juvenil com novos nomes, além da Thalita Rebouças.

Quando ele perguntou se tinha alguém ali presente escrevendo para jovens tratei de levantar a mão. Ele ficou todo feliz e me deu muito apoio. Me senti abençoado! =)

Ao fim da palestra é claro que entrei na fila para falar com ele novamente. Agora tinha em mãos um exemplar de “A Droga da Obediência”, que tinha acabado de encontrar no estande da Editora Moderna, que está muito escondido na feira. Ele reconheceu a mim e à Carol e foi super simpático de novo. E me desejou boa sorte com meu livro e sucesso para minha carreira.

Bem, para mim o dia de ontem foi emocionante. E o saldo de livros comprados eu mostro abaixo (ai, meu bolso!):

Espero que todos se divirtam tanto quanto eu me diverti ao visitarem a feira!

Para mais informações sobre o evento:
http://www.salaofnlij.com.br/

Um abraço,
Marcelo Amaral

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